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Robótica Pode Valer US$ 735 Bilhões Até 2035 Enquanto Apenas 14% dos Empresários Brasileiros Usam IA — Por Que Este Gap Define o Momento Mais Urgente Para Nossos Negócios

نوفمبر 22, 2025 | by Matos AI

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A inteligência artificial está literalmente ganhando corpo. E não estou falando de metáforas: estou falando de robôs que carregam caixas, fazem cirurgias e entregam produtos nas ruas de cidades asiáticas. Segundo a فوربس البرازيل, a fusão entre IA e robótica pode movimentar US$ 735 bilhões (R$ 3,9 trilhões) até 2035. Mas enquanto o mundo corre para essa revolução, uma pesquisa da CNDL e SPC Brasil يوضح أن apenas 14% dos empresários brasileiros usam efetivamente IA nos negócios.

Esse gap não é apenas um dado. É um sinal de alerta.

Nas últimas 24 horas, as notícias sobre IA trouxeram um retrato complexo e urgente: de um lado, projeções trilionárias e avanços que impressionam — robôs humanoides, cirurgias assistidas, entregas automatizadas. Do outro, barreiras concretas: falta de conhecimento, custos ocultos (energia, água, lixo eletrônico), riscos no Poder Judiciário e até pancadaria em um aulão de IA no Mineirão. Sim, você leu certo.


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Como alguém que trabalha diariamente com empresas, startups e governos para implementar IA de forma estratégica e responsável, percebo que estamos em um momento onde a promessa da tecnologia colide com a realidade da execução. E é justamente nessa colisão que mora a oportunidade.

A IA Está Deixando a Tela e Ganhando um Corpo

Até bem pouco tempo atrás, quando falávamos de IA, pensávamos em chatbots, recomendações de streaming e ferramentas de texto. Agora, a mudança é física. A tecnologia de embodied AI (IA incorporada) permite que máquinas enxerguem, sintam e interajam com o ambiente real, usando câmeras, sensores e modelos de visão-linguagem-ação.

وفق Kinea Investimentos, essa mudança é o centro da próxima década tecnológica. Por quê? Porque as máquinas industriais tradicionais chegaram ao limite técnico. Mais de 4,5 milhões de unidades instaladas globalmente estão próximas da aposentadoria. O crescimento da automação antiga desacelerou. E agora temos a tecnologia — e a necessidade — de dar o próximo passo.

O mercado de robôs de serviço foi estimado em US$ 216 bilhões (R$ 1,1 trilhão) no ano passado e pode chegar a US$ 282 bilhões (R$ 1,5 trilhão) este ano. Até 2028, espera-se um aumento de 36%. A Nvidia, gigante de chips para IA, projeta que até 2030 serão gastos entre US$ 3 a 4 trilhões (R$ 16 a 21,33 trilhões) apenas em infraestrutura de IA.

Jensen Huang, CEO da Nvidia, resumiu bem: “A robótica é uma oportunidade de trilhões de dólares”.

Da General Motors à Amazon: Uma História de Aprendizados

A história da robótica tem lições valiosas. Nos anos 1950, George Devol criou o Unimate, o primeiro robô industrial, inaugurado em 1961 na fábrica da General Motors para soldagem de peças. A GM investiu US$ 40 bilhões (R$ 213,50 bilhões) em robôs nos anos 80, mas o retorno foi baixo — apenas 1 ponto percentual de participação de mercado. Por quê? A tecnologia estava à frente da capacidade de uso.

Enquanto isso, o Japão avançou. Montadoras como a Toyota instalaram robôs em massa, dominando controle de qualidade e reduzindo custos. Nos anos 1990, os japoneses eram quase duas vezes mais produtivos que a GM.

Mais tarde, a China, com o programa Made in China 2025 (lançado em 2015), transformou a robótica em prioridade nacional, tornando-se o maior instalador de robôs do mundo, com robôs custando menos da metade do preço dos americanos.

E hoje? Na Amazon, 1 milhão de robôs circulam pelos centros de distribuição, elevando a produtividade em 45% e dobrando a densidade de armazenamento. Os setores logístico e de saúde foram os primeiros a sentir essa transformação. No varejo e em cidades asiáticas, robôs fazem entregas e auxiliam em estações de metrô. Em medicina, o robô cirúrgico Da Vinci aumenta a precisão e reduz a invasividade em cirurgias complexas.

A lição? A tecnologia só gera valor quando há capacidade de uso. E essa capacidade envolve conhecimento, treinamento e decisão estratégica.

Enquanto Isso, no Brasil: 87% Conhecem IA, Mas Apenas 14% Usam de Verdade

Agora, vamos olhar para casa. A pesquisa da CNDL e SPC Brasil revela um paradoxo: 87% dos empresários afirmam conhecer ou utilizar alguma solução de IA, mas quando vamos ao uso efetivo, o número despenca para 14%.

والأسوأ من ذلك: apenas 24% pretendem implementar IA em breve. Em contraste, 40% não têm essa intenção e 36% estão indecisos. É como se estivéssemos comprando passagens para um voo que nunca embarca.

Quais São as Barreiras?

A pesquisa identificou os principais entraves:

  • Necessidade de maior conhecimento das opções disponíveis por área: 36% (principal barreira)
  • Apresentação clara dos benefícios e do retorno sobre o investimento (ROI): 15%
  • Treinamento da equipe: 14%

Entre os empresários que لا يوجد utilizam IA, as razões são ainda mais reveladoras:

  • Falta de informação sobre como usar: 52%
  • Percepção de que a tecnologia não é necessária para o negócio: 32%
  • Falta de recursos financeiros: 16%

José César da Costa, presidente da CNDL, resumiu bem o paradoxo: “O estudo mostra que o conhecimento sobre IA está difundido entre os empresários, mas o uso prático ainda é uma barreira a ser superada. Há uma percepção clara do potencial da tecnologia para aumentar a competitividade e as vendas, mas a maioria ainda se sente insegura sobre como dar o primeiro passo”.

Onde a IA Traria Mais Benefícios?

Segundo os empresários entrevistados, as áreas com maior potencial são:

  • Marketing e vendas: 69%
  • Atendimento ao cliente: 49%

بالإضافة إلى، 52% veem a IA como um fator de aumento de vendas, principalmente devido a:

  • Melhoria no atendimento e na experiência do cliente: 53%
  • Identificação do perfil e comportamento do consumidor: 42%

O problema não é a falta de visão. É a falta de execução.

O Lado Obscuro: Custos Ocultos e Riscos Reais

Enquanto celebramos os avanços, precisamos encarar os custos reais. Segundo o Portal Drauzio Varella, a IA tem um impacto ambiental significativo que ainda é pouco discutido.

Consumo de Energia

Existem pouco mais de 11 mil data centers espalhados por 173 países, com quase 200 no Brasil. Esses locais consomem cerca de 2% de toda a eletricidade gerada no mundo, uma fatia que pode dobrar até 2030.

O treinamento de modelos de IA é particularmente intensivo em energia, utilizando muitas GPUs e grande volume de dados. A pegada de carbono é maior em regiões dependentes de combustíveis fósseis (termoelétricas). No Brasil, a forte presença de energia hidrelétrica, eólica e solar ameniza esse impacto, mas não elimina o problema.

Consumo de Água

Os data centers requerem resfriamento constante para evitar superaquecimento. Segundo o Environment and Energy Study Institute (EESI), um data center de médio porte pode consumir até 110 milhões de galões de água por ano (equivalente ao consumo anual de cerca de mil residências).

Grandes locais podem consumir até 5 milhões de galões diariamente, ou 1,8 bilhão por ano — o equivalente ao consumo de uma cidade de 10 a 50 mil habitantes. Esse consumo compete diretamente com o abastecimento humano e a agricultura, agravando crises hídricas.

Mineração e Lixo Eletrônico

A demanda por componentes eletrônicos aumenta a extração de metais e terras raras, processos que são grandes geradores de poluentes. No Brasil, as atividades de mineração emitiram 12,8 milhões de toneladas de dióxido de carbono em 2022, segundo o Ibram.

Globalmente, a mineração gera entre 1,9 e 5,1 gigatoneladas de emissões de GEE anualmente (McKinsey). Um estudo da Nature Computational Science estima que o lixo eletrônico gerado pela expansão da IA pode chegar a 5 milhões de toneladas métricas até 2030.

Como alguém que defende a inovação responsável, acredito que não podemos ignorar esses custos. A IA pode ser parte da solução climática — auxiliando no monitoramento de emissões, previsão de eventos extremos e otimização energética — mas apenas se implementada com transparência e responsabilidade.

Quando a IA Vai Para o Judiciário: A ‘Bolha’ Que Pode Explodir

Outro tema que merece atenção é o uso de IA no Poder Judiciário. Um artigo publicado no ConJur levanta um alerta grave: a adoção acelerada de Modelos de Linguagem de Larga Escala (LLMs) privados por magistrados e servidores, fora do controle interno dos Tribunais, cria um cenário de risco não declarado chamado de “Bolha da IA Generativa”.

A Resolução 615/2025 do CNJ estabelece diretrizes para o desenvolvimento, utilização e governança de soluções de IA no Judiciário, buscando equilibrar eficiência com ética e devido processo legal. A norma exige transparência, explicabilidade e disclaimer (aviso de uso) nas decisões que utilizarem IA.

O problema? A pressão por metas de produtividade cria um incentivo para omitir o disclaimer, que é visto como “custo burocrático”. Isso gera um passivo decisório oculto: mais dia menos dia, um erro grave (uma alucinação de precedente inventado ou um viés danoso) será introduzido em uma decisão de impacto, expondo a confiança e a reputação de magistrados e tribunais.

والدرس هنا واضح: transparência não é opcional. Na minha experiência com consultorias em IA, vejo que empresas que tentam “esconder” o uso da tecnologia acabam criando passivos maiores do que os custos de conformidade.

E Teve Pancadaria no Mineirão: Quando a IA Vira Espetáculo

Talvez o caso mais inusitado das últimas 24 horas tenha sido o “aulão” de IA no Mineirão, em Belo Horizonte, que reuniu cerca de 30 mil estudantes com o objetivo de bater o recorde mundial de maior aula presencial de IA — hoje pertencente a Portugal, com 1.400 participantes.

O evento, organizado pelo Governo de Minas em parceria com o Google for Education, terminou em pancadaria generalizada entre estudantes. A confusão teria começado quando os mestres de cerimônia perguntaram sobre quem torcia para o Atlético Mineiro e quem torcia para o Cruzeiro. Sim, futebol.

A aula foi atrasada em 1h30. Vídeos mostram grupos de alunos se agredindo e arremessando copos e mochilas. A Polícia Militar foi acionada.

ماذا يعلمنا هذا؟ أن grandes eventos educacionais precisam de planejamento além do palco. A tecnologia é importante, mas a experiência humana — segurança, engajamento, contexto cultural — não pode ser ignorada. Não adianta ter a maior aula de IA do mundo se ela vira uma arena de briga.

Elon Musk e o Futuro do Trabalho: Otimismo ou Utopia?

بخصوص ذلك، Elon Musk voltou a prever que a IA e robôs tornarão o trabalho “opcional” e o dinheiro irrelevante. Durante o Fórum de Investimentos EUA–Arábia Saudita, ele afirmou que máquinas produzirão “praticamente tudo” e citou a série “A Cultura” como inspiração para uma sociedade pós-escassez.

Musk defende uma “renda universal alta” para distribuir riqueza, mas alerta: “Haverá muito trauma e disrupção ao longo do caminho”.

Concordo com Musk que a IA transformará o trabalho. Discordo que isso acontecerá de forma linear e indolor. Na minha vivência com empresas e governos, vejo que a transição será dura para quem não se preparar. E preparar-se não significa apenas aprender a usar ferramentas — significa repensar propósito, valor e contribuição humana.

Segundo a Kinea, existem 150 milhões de trabalhadores na indústria و 185 milhões em serviços com tarefas físicas automatizáveis. Se humanoides substituíssem apenas 10% dos industriais e 5% dos de serviços, considerando a queda do preço médio do robô de US$ 80 mil para US$ 30 mil em breve, o mercado poderia reduzir custos em cerca de US$ 800 bilhões (R$ 4,2 bilhões).

A pergunta não é “se” isso vai acontecer. A pergunta é: como vamos nos posicionar?

Como se Proteger na Black Friday: IA Também Serve Para Golpes

Enquanto celebramos os avanços, os criminosos também estão se qualificando. Segundo o إنفو موني, o número de casos de fraude está caindo em todo o país, mas o valor aplicado nos golpes não. O crime está focado em “aumento de produtividade”, elevando o valor dos golpes com o uso de IA.

Dados da Equifax BoaVista apontam que o índice de fraude no e-commerce no primeiro semestre caiu de 3,65% para 3,39%, mas os valores partiram de uma média de R$ 971,85 para R$ 2.033,42 — aumento de 109%.

Na Black Friday do ano passado, o ticket médio de casos de fraude foi de R$ 1.371,87, com índice de fraude em 4,4%. Este ano, a expectativa é de um faturamento de R$ 13 bilhões no mercado brasileiro, o que atrai ainda mais a atenção dos criminosos.

Como a IA Ajuda os Criminosos?

  • Deep fakes de voz e vídeo: capazes de enganar sistemas de autenticação biométrica
  • Engenharia social personalizada: com acesso a bases vazadas, os fraudadores simulam com precisão o jeito de falar e os hábitos da vítima
  • Automação: robôs (bots) testam credenciais, validam cartões ou “esquentam” informações antes de golpes maiores

Como Se Proteger?

  • Use autenticação multifator nas plataformas de compra e nos aplicativos financeiros
  • Evite reutilizar a mesma senha em vários serviços
  • Revise periodicamente cadastros antigos em e-commerces
  • Desconfie de links não solicitados por telefone, e-mail, WhatsApp ou SMS
  • Desconfie de promoções muito tentadoras — valores fora do padrão do mercado
  • Confira o endereço do site antes de inserir qualquer dado
  • Priorize canais oficiais e aceite passos adicionais de verificação

A IA pode ser usada para o bem ou para o mal. A diferença está na intenção — e na nossa preparação.

O Que Fazer Agora? Sete Passos Para Empresários Brasileiros

Diante de tudo isso, o que você, empresário ou líder, pode fazer? Na minha prática de mentoring e consultoria, ajudo executivos e empresas a implementar IA de forma estratégica, responsável e lucrativa. Aqui estão sete passos práticos:

1. Mapeie Onde a IA Faz Sentido no Seu Negócio

Não saia comprando ferramenta de IA porque está na moda. Comece identificando onde há dor, repetição ou desperdício nos seus processos. Marketing? Atendimento? Logística? Finanças? Cada área tem casos de uso diferentes.

2. Invista em Conhecimento Antes de Investir em Ferramentas

A pesquisa da CNDL/SPC mostrou que 36% dos empresários citam “necessidade de maior conhecimento” como principal barreira. Isso não é vergonha. É realidade. Busque cursos, consultorias, imersões. No meu trabalho, vejo que empresas que investem em capacitação têm 3x mais chances de implementar IA com sucesso.

3. Comece Pequeno, Mas Comece

Não precisa transformar toda a empresa de uma vez. Escolha um projeto piloto com escopo claro, métricas definidas e tempo limitado. Aprenda com ele. Ajuste. Escale.

4. Considere o Custo Total: Tecnologia, Energia, Treinamento

IA não é só licença de software. É infraestrutura, energia, treinamento, manutenção, compliance. Faça as contas completas. Empresas que ignoram custos ocultos acabam abandonando projetos no meio do caminho.

5. Priorize Transparência e Ética

Se você for usar IA para decisões que afetam pessoas — contratação, crédito, atendimento — garanta que haja transparência, explicabilidade e supervisão humana. Isso não é só “boa prática”. É gestão de risco.

6. Proteja Seus Dados e Seus Clientes

A Black Friday mostrou que criminosos estão usando IA. Seus sistemas estão prontos? Suas políticas de segurança foram atualizadas? Segurança não é custo. É investimento em reputação.

7. Pense em Impacto Social e Ambiental

Empresas que ignoram o impacto ambiental da IA (energia, água, lixo eletrônico) vão enfrentar pressão de stakeholders, reguladores e consumidores. Sustentabilidade não é mais opcional. É critério de competitividade.

A Oportunidade Está na Execução, Não na Promessa

Eu sei que parece muito. Mas a verdade é simples: a IA não é mais uma promessa futura. É uma realidade presente. E a diferença entre empresas que vão prosperar e empresas que vão ficar para trás está na execução, não na intenção.

Quando vejo que 87% dos empresários brasileiros “conhecem” IA, mas apenas 14% usam de verdade, reconheço um padrão clássico: conhecimento sem ação é apenas informação desperdiçada.

No meu trabalho com startups, empresas e governos, lidero processos de implementação que equilibram ambição com responsabilidade, tecnologia com humanidade, eficiência com ética. Porque acredito que a IA é uma ferramenta poderosa, mas quem define o propósito somos nós.

As notícias desta semana trouxeram de tudo: projeções trilionárias, robôs que fazem cirurgias, golpes sofisticados, pancadaria em evento educacional, alertas ambientais, riscos no Judiciário e a visão de Elon Musk sobre o fim do trabalho. Mas todas essas histórias convergem para uma única verdade: estamos no momento de virar o jogo.

A pergunta não é mais “se” vamos usar IA. A pergunta é: como vamos usar, com que propósito e com que responsabilidade?

Se você é empresário, líder ou empreendedor e quer transformar essa promessa em resultado concreto, saiba que não precisa fazer isso sozinho. No meu mentoring e nas minhas consultorias, ajudo executivos e empresas a implementar IA de forma estratégica, com foco em ROI, transparência e impacto positivo. Porque a melhor tecnologia do mundo ainda precisa de liderança humana para fazer sentido.

دعونا نبني هذا المستقبل معًا؟


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