Data Centers no Espaço e Aplicativos que Ressuscitam Mortos — Por Que as Últimas 24 Horas Revelam os Extremos Mais Radicais da IA
نوفمبر 23, 2025 | by Matos AI

Se você acha que já viu de tudo no mundo da inteligência artificial, prepare-se: as últimas 24 horas trouxeram notícias que vão de data centers orbitando a Terra até aplicativos que recriando pessoas falecidas para conversas ao vivo. E não, não estamos falando de ficção científica.
Estamos vivendo um momento fascinante — e contraditório — da IA. Enquanto alguns dos nomes mais poderosos da tecnologia (Sam Altman, Jeff Bezos, Elon Musk) apostam bilhões em soluções espaciais para alimentar a fome energética da inteligência artificial, outros criam ferramentas que desafiam nossa própria relação com a morte e o luto. Ao mesmo tempo, vemos avanços impressionantes em áreas como medicina, mercado imobiliário e até no judiciário tentando conter os “delírios” da IA generativa.
O que todas essas notícias têm em comum? Elas revelam que chegamos a um ponto de inflexão onde a IA não é mais apenas uma ferramenta — ela está redefinindo os limites do que consideramos possível, desejável e ético.
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A Corrida Espacial da IA: Quando a Terra Não é Mais Suficiente
Vamos começar pela notícia mais audaciosa: segundo الكرة الأرضية, grandes players da tecnologia estão seriamente explorando a possibilidade de construir data centers no espaço. Isso mesmo: orbitando nosso planeta.
Por quê? A resposta está nos números alarmantes de consumo energético. A infraestrutura atual de data centers já consome até 4% da eletricidade mundial. Mais preocupante ainda: projeções do Goldman Sachs indicam que a demanda energética deve aumentar 165% até 2030 devido à IA generativa.
Pense nisso por um momento. Cada vez que você usa o ChatGPT, o Gemini ou qualquer ferramenta de IA generativa, há uma cadeia gigantesca de processamento acontecendo em algum data center refrigerado, consumindo energia equivalente a dezenas de residências.
A Solução que Parece Saída de Star Trek
A proposta dos data centers espaciais é engenhosa: aproveitar a energia solar contínua (24 horas por dia, sem nuvens ou noites) e o resfriamento natural do vácuo espacial. A promessa? Um décimo dos custos de energia comparados aos data centers terrestres.
E não é apenas conversa. Veja o que está em movimento:
- Starcloud (com Nvidia): Planeja lançar um satélite-datacenter ainda este ano
- SpaceX (Elon Musk): Sua arquitetura Starlink V3 pode ser escalonada para data centers orbitais
- Google: Projeto “Suncatcher” visa lançar suas TPUs em satélites solares
- Amazon (Jeff Bezos/Blue Origin): Prevê grandes data centers espaciais em 10 a 20 anos
Mas aqui está a questão incômoda que precisamos enfrentar: estamos realmente resolvendo o problema ou apenas exportando-o para uma nova fronteira? Os desafios são enormes — viabilidade econômica, manutenção em órbita, alta radiação e, talvez o mais preocupante, o risco de aumentar exponencialmente os detritos espaciais.
No meu trabalho com empresas e governos, frequentemente encontro essa mesma dinâmica: a tecnologia avança mais rápido que nossa capacidade de avaliar suas consequências sistêmicas. E isso nos leva à próxima notícia perturbadora.
Quando a IA Enfrenta a COP30: O Lado Sombrio da Inovação
Enquanto as big techs promovem a IA como solução para as mudanças climáticas, uma realidade inconveniente está sendo ignorada nas negociações climáticas. Segundo The Intercept Brasil, na COP30, o Google e outras empresas apresentaram a IA como panaceia ambiental, mas seu impacto real foi negligenciado nas discussões formais.
الأرقام تكشف عن:
- O setor de tecnologia é responsável por 1,5% a 4% das emissões globais (ITU, 2025)
- Big techs estão ajudando ativamente a indústria de combustíveis fósseis a aumentar a produção
- Data centers de IA competem com comunidades vulneráveis por água e energia
Jean Su, do Center for Biological Diversity, não poupou palavras: “Data centers de IA são a nova fronteira de expansão para combustíveis fósseis.” Ativistas clamam por uma moratória sobre data centers, enquanto caracterizam a presença massiva das big techs na COP como um “projeto colonial” — um balcão de negócios para garantir acesso barato a recursos brasileiros.
Esta é uma contradição que não podemos ignorar. Como podemos celebrar os avanços da IA enquanto ela alimenta justamente os sistemas que estamos tentando superar? No meu mentoring com líderes empresariais, sempre enfatizo: inovação sem responsabilidade sistêmica não é progresso — é apenas transferência de problemas.
A Tecnologia que Desafia a Morte — e Nosso Processo de Luto
Se os data centers espaciais são a fronteira física da IA, existe uma fronteira psicológica igualmente radical sendo cruzada agora. Segundo o جي1, um aplicativo chamado 2Wai permite recriar virtualmente pessoas falecidas através de IA para interações ao vivo.
O funcionamento é perturbadoramente simples: usuários gravam apenas 3 minutos de vídeo da pessoa viva para treinar um “avatar” ou “HoloAvatar”. O cofundador? Calum Worthy, um ator americano. Um vídeo viral no X mostrou uma interação com uma mãe falecida, gerando críticas de que a tecnologia seria “vil” e impediria o processo natural de luto.
O Fenômeno da “Grief Tech” e Suas Implicações
Especialistas alertam sobre os riscos desta chamada “grief tech” (tecnologia do luto):
- Confusão entre real e simulado
- Dependência afetiva de uma simulação
- Comprometimento da simbolização da morte, essencial para o luto saudável
E aqui está o dado que mais me impressionou: uma pesquisa da ESPM revela que um em cada quatro brasileiros se imagina usando IA para conversar com familiares falecidos. Um quarto da nossa população está aberta a esta possibilidade.
Como alguém que trabalha com inovação responsável, vejo aqui um enorme dilema ético. Não é meu papel julgar o luto alheio — perder alguém é uma experiência devastadora e cada pessoa lida com isso de forma única. Mas precisamos questionar: estamos criando ferramentas que ajudam ou que perpetuam uma negação prejudicial?
Já existem casos de avatares de IA de vítimas participando de julgamentos no Arizona e dando entrevistas. Onde traçamos a linha?
Da Medicina ao Mercado Imobiliário: IA Entregando Valor Real
Nem tudo são dilemas filosóficos. Enquanto debatemos fronteiras éticas, a IA está silenciosamente transformando setores inteiros — e aqui temos exemplos concretos de valor real sendo entregue.
Revolução Farmacêutica: IA Acelerando a Cura do Câncer
وفق فوربس البرازيل, a farmacêutica sul-coreana Voronoi viu suas ações dispararem 190% em 2025 graças ao otimismo em torno de seus medicamentos contra o câncer desenvolvidos com IA.
A empresa usa a plataforma proprietária Voronomics para acelerar descobertas. Seus medicamentos principais, atualmente em Fase 1 de testes clínicos, incluem:
- VRN10: Visa bloquear a proteína HER2 (câncer de mama)
- VRN11: Visa inibir o receptor EGFR (câncer de pulmão)
O avanço transformou o CEO, Hyuntae Kim, no mais novo bilionário sul-coreano. A empresa está avaliada em US$ 2,9 bilhões — apesar de ter receita modesta (US$ 5,1 milhões nos 9 meses de 2025) e prejuízos crescentes. É especulação? Talvez. Mas é também a esperança tangível de que a IA possa encurtar drasticamente o tempo entre descoberta e cura.
Mercado Imobiliário: Quando IA Encontra Emoção
وفق الكرة الأرضية, o setor imobiliário brasileiro está passando por uma transformação dupla: corretores virando influenciadores e plataformas incorporando IA para personalizar buscas.
الأرقام مثيرة للإعجاب:
- 47% dos millennials e Geração Z buscam imóveis para alugar via redes sociais
- 38% dos compradores fazem o mesmo
- 75% dos clientes do Grupo OLX tiveram interação positiva com robôs de IA
O mais interessante é como diferentes players estão usando IA:
- Grupo OLX (Viva Real, Zap): Ferramenta Izi faz pré-atendimento no WhatsApp com a “personalidade” do corretor
- QuintoAndar: Busca por texto/voz livre (“apartamento amplo, com chão de taco”), resultando em 176% mais agendamentos
- Loft: IA “decora” imóveis vazios e transforma anúncios em vídeos com avatares de corretores
Corretores como Tamara Stief em São Paulo estão usando vídeos narrativos que focam em “lifestyle” e conexão emocional, conseguindo vendas em 24 horas após postagem. A IA não está substituindo o elemento humano — está amplificando-o.
Quando a IA Alucina: O Judiciário Reagindo às Fabricações
Nem tudo são flores na adoção corporativa da IA. Segundo o استحضار, o Judiciário dos EUA está reagindo vigorosamente às “alucinações” da IA Generativa — quando a tecnologia simplesmente inventa citações jurídicas, precedentes e até casos inteiros que nunca existiram.
O problema é grave: 80% dos juristas americanos acreditam que isto impacta o Direito. E as medidas estão sendo duras:
- Revelação obrigatória: Declarar o uso de IA na pesquisa e redação
- Certificação humana: Advogados devem certificar que revisaram e verificaram todo o conteúdo
- Sanções: Multas e penalidades por submeter petições com alucinações
A comparação de confiabilidade é reveladora: fontes tradicionais como Westlaw e Lexis-Nexis têm precisão de 95% a 99,6% (supervisionadas por editores humanos), enquanto a IA Generativa, coletando dados imprecisos da internet, varia entre 50% e 60%.
No Brasil, o Tribunal Federal de Recursos da 5ª Região propôs (mas não aprovou) um “certificado de compliance” para uso de IA. É apenas questão de tempo até que medidas similares sejam adotadas aqui.
Este é um exemplo perfeito do que chamo de “maturidade forçada”. A tecnologia avançou tão rapidamente que sistemas regulatórios e profissionais estão correndo atrás para estabelecer guardrails básicos. No meu trabalho com organizações, vejo isso repetidamente: a empolgação inicial com IA dá lugar a um período necessário de consolidação e responsabilização.
IA Prática: Do Currículo às Finanças Pessoais
Enquanto grandes corporações e judiciários lidam com dilemas complexos, a IA está se tornando ferramenta cotidiana para desafios práticos. Duas notícias ilustram bem isso.
IA Como Aliada na Busca por Emprego
وفق جي زد اتش, a IA pode ser extremamente útil para:
- Negociação salarial: Criação de roteiros com argumentos e dados de mercado
- Transição de carreira: Narrativas conectando habilidades antigas com novas áreas
- Preparação para entrevistas: Planos de 30-60-90 dias para impressionar recrutadores
- Vagas internacionais: Adaptação de currículos para formatos internacionais
- Follow-up: E-mails de agradecimento pós-entrevista (que ainda surpreende no Brasil)
O artigo destaca algo importante para o contexto brasileiro: focar em benefícios além do salário (vale-refeição, flexibilidade) e a valorização de narrativas autênticas. A IA não está substituindo sua história — está ajudando você a contá-la melhor.
Finanças Pessoais: O Assistente que Nunca Esquece
كما ورد في أرض, assistentes financeiros de IA estão crescendo no Brasil. Uma pesquisa Itaú/Consumoteca mostra que 65% dos brasileiros querem que a IA sugira ações para decisões financeiras mais conscientes.
Davi Holanda, CEO do Jota, identifica quatro sinais de que você precisa de um assistente de IA:
- Esquecer de pagar contas (gerando juros desnecessários)
- Não saber o custo real do que vende (desconhecimento de margem)
- Não registrar entradas e saídas (decisões baseadas em “achismo”)
- Não acompanhar cobranças com disciplina (aumento de inadimplência)
A conclusão é simples mas poderosa: agentes de IA ajudam a construir consistência e proteger o fluxo de caixa, permitindo que você foque em margem e crescimento. Não é sobre substituir seu julgamento — é sobre eliminar os erros evitáveis que drenam recursos.
O Que Essas 24 Horas Revelam Sobre Nosso Momento com IA
Quando olho para o conjunto dessas notícias — data centers espaciais, aplicativos de luto, medicamentos contra câncer, juízes combatendo alucinações, ferramentas práticas para emprego e finanças — vejo um padrão claro emergindo.
Estamos em um momento de extremos simultâneos. A IA está sendo aplicada tanto nos desafios mais extraordinários (curar câncer, resolver crise energética) quanto nos mais cotidianos (escrever e-mails, controlar contas). Ela está desafiando fronteiras das mais físicas (espaço) às mais existenciais (morte e luto).
Mas aqui está o que realmente importa: estamos finalmente saindo da fase do deslumbramento. As notícias de hoje mostram regulamentação, ceticismo saudável, análise de impacto ambiental e social. Isso não é pessimismo — é maturidade.
No meu trabalho com empresas de todos os portes, vejo três movimentos essenciais acontecendo:
1. Foco em valor tangível: Empresas estão deixando de lado projetos de IA “porque é legal” e focando em aplicações que resolvem problemas reais, mensuráveis. O mercado imobiliário aumentando agendamentos em 176% não é teoria — é resultado.
2. Responsabilidade proativa: Ao invés de esperar regulamentação, organizações maduras estão estabelecendo seus próprios guardrails. O judiciário americano agindo sobre alucinações é reativo — o melhor é ser proativo.
3. Integração humano-IA: Os casos de sucesso não são sobre IA substituindo humanos, mas amplificando capacidades humanas. Corretores usando IA para contar melhores histórias. Médicos usando IA para acelerar descobertas. Profissionais usando IA para focar no que realmente importa.
O Paradoxo que Define Nossa Era
Existe um paradoxo fundamental nestas 24 horas de notícias: enquanto alguns tentam levar a IA ao espaço para saciar seu apetite energético insustentável, outros usam a mesma tecnologia para tornar mais acessível a busca por emprego ou o controle de contas pessoais.
Enquanto alguns criam aplicativos que desafiam nossa relação com a morte, outros desenvolvem medicamentos que podem salvar vidas. Enquanto sistemas jurídicos combatem fabricações da IA, empresas brasileiras democratizam acesso a capacidades antes restritas a grandes corporações.
Este paradoxo não é um problema — é a própria natureza da tecnologia disruptiva. Ela amplifica tanto nosso melhor quanto nosso pior. A questão não é se devemos adotar IA (esse navio já navegou), mas مثل fazemos isso.
Para Onde Vamos a Partir Daqui?
Baseado nestas notícias e no que vejo trabalhando com organizações dos mais diversos setores, aqui estão minhas recomendações práticas:
Para líderes empresariais:
- Pare de buscar “casos de uso de IA” genericamente. Identifique seus problemas mais caros (tempo, dinheiro, qualidade) e veja se IA pode resolvê-los
- Estabeleça políticas claras de uso antes que problemas aconteçam. O custo de alucinações jurídicas ou decisões enviesadas é muito maior que o investimento em guardrails
- Invista em capacitação real, não apenas treinamentos superficiais. A diferença entre IA agregando valor e gerando problemas está na maturidade de quem a usa
للمحترفين:
- Aprenda a usar IA como amplificador, não como substituto do seu pensamento. As ferramentas para currículo e finanças são excelentes — mas apenas se você souber fazer as perguntas certas
- Desenvolva senso crítico sobre outputs de IA. Os 50-60% de precisão da IA generativa em contextos especializados significam que você precisa verificar tudo
- Foque em desenvolver habilidades que IA não replica: julgamento contextual, empatia, criatividade estratégica
من أجل المجتمع:
- Exija transparência sobre impactos ambientais e sociais da IA. A conversa na COP30 precisa ir além do marketing
- Participe ativamente das discussões éticas. Ferramentas como o 2Wai não são inevitáveis — são escolhas que fazemos coletivamente
- Apoie regulamentação equilibrada que proteja sem sufocar inovação benéfica
A Janela de Oportunidade Brasileira
Aqui está algo que essas notícias internacionais não capturam, mas que vejo claramente: o Brasil tem uma oportunidade única neste momento.
Enquanto países desenvolvidos lutam com legados tecnológicos e grandes corporações dominando o discurso, nós temos a chance de construir uma abordagem mais equilibrada desde o início. Os 65% de brasileiros interessados em assistentes financeiros de IA, os casos de sucesso no mercado imobiliário, a capacidade de adaptar ferramentas para nosso contexto — tudo isso aponta para uma janela de liderança.
Mas janelas fecham. A diferença entre aproveitar este momento e perdê-lo está na velocidade com que passamos da empolgação para a implementação madura. No meu mentoring com executivos e empresas, vejo que os que estão ganhando não são os que têm acesso às melhores ferramentas (essas são commodities), mas os que desenvolvem maturidade de uso mais rapidamente.
As últimas 24 horas nos mostraram os extremos mais radicais da IA — do espaço sideral ao nosso processo de luto, da cura do câncer às pequenas tarefas cotidianas. Cada extremo nos ensina algo sobre o momento em que vivemos.
A pergunta não é mais “devemos usar IA?” É “como usamos IA de forma que amplifique nossos valores, resolva problemas reais e construa um futuro que queremos habitar?”
Esta é a conversa que precisamos ter — não apenas como profissionais ou empresários, mas como sociedade. E esta conversa começa com cada escolha que fazemos hoje.
Nos meus cursos imersivos e programas de mentoring, trabalho justamente nesta intersecção: ajudando líderes e organizações a navegarem estes extremos com clareza estratégica, responsabilidade ética e foco em resultados tangíveis. Porque no final, tecnologia é apenas ferramenta — a diferença está em quem a empunha e para quê.
E você? Como está navegando estes extremos da IA na sua realidade?
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