Executivos Confirmam: IA Mais Ajuda que Substitui Enquanto Albânia Nomeia Primeira Ministra Digital — Por Que Este Momento Define a Maturidade da Inteligência Artificial
September 15, 2025 | by Matos AI

Nas últimas 24 horas, presenciamos um conjunto de desenvolvimentos que, juntos, revelam algo fundamental: a inteligência artificial está finalmente saindo da adolescência turbulenta e entrando na fase adulta. E isso muda tudo.
Enquanto executivos brasileiros confirmam que a IA tem mais ajudado do que substituído trabalhadores, a Albânia faz história ao nomear a primeira ministra gerada por IA do mundo. Ao mesmo tempo, grandes editoras como a Rolling Stone processam o Google por uso indevido de conteúdo em IA, e especialistas alertam sobre os riscos de usar IA como terapeuta.
O que está acontecendo? Simples: estamos vendo a IA crescer e definir seus limites. E para quem entende esse momento, as oportunidades são enormes.
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O Fim da Era do “IA Vai Acabar com Todos os Empregos”
Guilherme Assis, CEO da fintech Gorila, oferece um exemplo prático que deveria tranquilizar muita gente. Sua empresa administra diariamente cerca de 2 milhões de portfólios com R$ 250 bilhões em patrimônio usando IA, mas não para substituir pessoas — para potencializá-las.
“A IA generativa oferece análises precisas baseadas em dados estruturados para nossos assessores de investimentos”, explica Assis. Ou seja: a IA processa os dados, os humanos tomam as decisões estratégicas.
Essa é a mesma lógica que vemos na VOLL, que lançou o Smart Hub — um marketplace de agentes de IA que automatizam processos burocráticos, liberando gestores para focar em estratégias. Não é substituição, é elevação de função.
Em minha experiência apoiando milhares de startups, sempre observei que as tecnologias mais transformadoras não destroem trabalhos — elas os redefinem. A IA está seguindo exatamente esse padrão, e os dados confirmam.
Quando a IA Encontra Seus Limites (E Por Que Isso É Bom)
Mas nem tudo são flores no jardim da inteligência artificial. As últimas 24 horas também nos trouxeram lembretes importantes sobre onde a IA ainda não deve pisar.
THE Fantástico investigou o uso de IA como terapeuta e descobriu algo preocupante: metade dos usuários com problemas de saúde mental está recorrendo a robôs para apoio emocional. O psicanalista Christian Dunker foi direto: “IA não tem formação, não diagnostica e não consegue lidar com crises graves”.
Paralelamente, vemos a Meta criando chatbots que simulam celebridades sem autorização, incluindo conteúdo sexual. Lembram do caso do Ronaldo Nazário, que teve sua voz clonada em vídeo falso visto por 600 mil pessoas antes da remoção?
Esses casos não representam falhas da IA — representam falhas humanas na aplicação da IA. E isso é crucial para entendermos o momento atual.
A Institucionalização da IA: O Caso Albanês Que Muda Tudo
Enquanto discutimos os problemas, a Albânia fez algo revolucionário: nomeou Diella, a primeira ministra gerada por IA do mundo, para supervisionar licitações públicas.
Não é ficção científica — é estratégia política concreta. Diella já ajudou a emitir dezenas de milhares de documentos na plataforma e-Albania, e sua função é garantir processos transparentes e livres de corrupção.
O primeiro-ministro Edi Rama não está brincando: isso integra a estratégia albanesa para combater corrupção e avançar na candidatura à União Europeia. A IA deixou de ser uma ferramenta corporativa para se tornar uma questão de Estado.
Isso marca um ponto de inflexão. Quando governos começam a institucionalizar IA dessa forma, significa que a tecnologia saiu da fase experimental e entrou na operacional.
A Guerra do Conteúdo: Por Que a Rolling Stone Processou o Google
Um dos desenvolvimentos mais significativos das últimas 24 horas foi a Penske Media (dona da Rolling Stone, Billboard e Variety) processar o Google por uso indevido de conteúdo jornalístico em resumos de IA.
Os números são impressionantes: os AI Overviews do Google aparecem em cerca de 20% das buscas que levariam aos sites da Penske, reduzindo em mais de um terço a receita proveniente de links afiliados.
Jay Penske, CEO da empresa, foi direto: o Google domina 90% do mercado de buscas e está impondo práticas que prejudicam a integridade das publicações.
Esse caso é emblemático porque define os limites econômicos da IA generativa. Não se trata apenas de direitos autorais — trata-se da sustentabilidade econômica do jornalismo em um mundo onde IA pode sintetizar conteúdo instantaneamente.
Em minhas consultorias, sempre enfatizo que a IA mais poderosa é aquela que cria valor para todos os envolvidos na cadeia. Quando uma tecnologia gera valor destruindo o modelo de negócios de quem cria o conteúdo original, temos um problema sistêmico que precisa ser resolvido.
O Paradoxo Brasileiro: Liderança em Aplicação, Desafios em Governança
Enquanto isso, o Brasil apresenta um paradoxo interessante. O Google lançou aqui o Modo IA, usando o modelo Gemini 2.5 para revolucionar buscas online. Somos um dos primeiros mercados globais a receber essa tecnologia.
At the same time, o Detran-SP usa IA para identificar veículos com mais de mil multas — um Jetta acumula impressionantes 1.164 autuações, sendo 395 só nos últimos 12 meses.
Esses casos mostram que o Brasil está na vanguarda da aplicação prática de IA, tanto no setor privado quanto público. Mas ainda precisamos avançar na discussão sobre governança e limites éticos.
O Momento da Maturidade: Oportunidades para Quem Entende
Analisando todos esses desenvolvimentos juntos, vejo três sinais claros de que a IA está amadurecendo:
1. Definição de casos de uso práticos: Executivos brasileiros confirmam que IA funciona melhor como ferramenta de potencialização, não substituição.
2. Estabelecimento de limites: Os alertas sobre IA como terapeuta e os processos sobre uso de conteúdo mostram onde a tecnologia não deve ser aplicada sem cuidados específicos.
3. Institucionalização: A ministra IA da Albânia marca a transição da IA de experimento tecnológico para política de Estado.
Para empreendedores e líderes empresariais, isso cria um momento único. A IA saiu da fase do “hype” e entrou na fase da aplicação responsável. Quem conseguir navegar entre as oportunidades e os limites terá vantagem competitiva significativa.
A Corrida Global e a Posição do Brasil
Falando em competição, um relatório da TRG Datacenters revela que os Estados Unidos lideram com 50% do poder computacional global em IA, possuindo 39,7 milhões de chips Nvidia H100 equivalentes.
A China, apesar de liderar em número de clusters de IA (230), ocupa apenas a 7ª posição em poder computacional devido às restrições comerciais dos EUA. O investimento global em IA alcançou US$ 200 bilhões em 2025 — um recorde que mostra o quanto está em jogo.
O Brasil não aparece entre as 10 superpotências, mas isso não significa que estamos fora da corrida. Nossa vantagem está na aplicação criativa e na adaptação às necessidades locais, como vemos nos casos do Detran, da Gorila e da VOLL.
Em meu trabalho com startups e empresas, observo que não é quem tem mais poder computacional que vence — é quem resolve problemas reais de forma mais eficiente.
Três Lições Práticas para Líderes e Empreendedores
Primeira lição: Pare de perguntar “a IA vai substituir meu time?” e comece a perguntar “como a IA pode elevar o que meu time já faz bem?”. Os executivos da Gorila e da VOLL entenderam isso.
Segunda lição: Estabeleça limites claros. Se você está pensando em usar IA para funções que envolvem decisões críticas sobre saúde, segurança ou direitos fundamentais, tenha supervisão humana especializada.
Terceira lição: Pense em valor compartilhado. A estratégia da Rolling Stone contra o Google nos ensina que IA sustentável é aquela que cria valor para toda a cadeia, não apenas para quem controla a tecnologia.
O Futuro Chegou (E Ele É Mais Nuançado do Que Imaginávamos)
As últimas 24 horas nos mostraram que o futuro da IA não é sobre substituição em massa nem sobre soluções mágicas. É sobre aplicação inteligente, limites claros e benefícios distribuídos.
A Albânia nos deu um vislumbre de como governos podem usar IA para melhorar serviços públicos. O Brasil nos mostrou como empresas podem usar IA para potencializar profissionais. Os casos de uso problemático nos lembraram da importância da supervisão humana.
Para quem está construindo negócios ou liderando organizações, a mensagem é clara: a IA madura não é sobre tecnologia — é sobre aplicação responsável que gera valor real.
No meu mentoring com executivos e empreendedores, ajudo a navegar exatamente essa transição: como identificar onde IA agrega valor, estabelecer governança adequada, e construir estratégias que aproveitem a maturidade tecnológica sem cair nas armadilhas do entusiasmo excessivo ou do medo paralisante.
Porque se há uma coisa que esses desenvolvimentos deixam claro é que o momento da IA chegou — e ele é muito mais interessante do que qualquer um de nós imaginava.
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