78% das Empresas Já Usam IA Enquanto Albânia Nomeia Primeira Ministra Digital — Por Que Este é o Momento da Institucionalização da Inteligência Artificial
setembro 14, 2025 | by Matos AI

Você já parou para pensar no que significa quando um país nomeia uma ministra gerada por inteligência artificial? Não estamos falando de ficção científica. A Albânia acabou de fazer exatamente isso, criando um marco histórico que simboliza algo muito maior do que pode parecer à primeira vista.
Enquanto isso, do outro lado do mundo, uma pesquisa global da McKinsey revela que 78% das organizações já utilizam inteligência artificial em pelo menos uma função — um salto impressionante dos 55% registrados em 2023. E no Brasil? Empresas como a Cemig estão desenvolvendo o EnergyGPT, uma IA especializada no setor elétrico, enquanto 90% dos jovens brasileiros afirmam que a IA ajuda a reduzir o estresse nos estudos.
O que todas essas informações têm em comum? Elas revelam que estamos vivendo o momento da institucionalização da inteligência artificial. E isso muda tudo.
Participe dos meus grupos de WhatsApp sobre IA Atualizações diárias das novidades mais relevantes no universo da IA e uma comunidade vibrante!
- IA para Negócios: com um olhar mais voltado para negócios.
- Criadores de IA: com um viés mais técnico.
Quando a IA Deixa de Ser Experimento e Vira Instituição
Lembro-me dos primeiros anos trabalhando com startups, quando cada nova tecnologia passava por um ciclo previsível: primeiro a curiosidade, depois os experimentos isolados, em seguida a adoção em nichos específicos e, finalmente, a integração profunda nas estruturas organizacionais.
Com a IA, esse processo está acontecendo em velocidade recorde. A nomeação de Diella, a ministra de IA da Albânia, não é apenas uma jogada de marketing político. Ela representa a confiança institucional necessária para que uma tecnologia saia do laboratório e entre no núcleo das decisões que afetam milhões de pessoas.
Diella ficará responsável por decisões relacionadas às licitações de contratação pública do governo albanês, com o objetivo de garantir transparência e combater a corrupção. Desde o início de 2025, como assistente virtual, ela já auxiliou na emissão de 36,6 mil documentos e prestou quase mil serviços. Não é pouca coisa.
Mas o que me impressiona mais é a lógica por trás dessa decisão. Como alguém que já trabalhou com políticas públicas de inovação, sei que nomear uma IA para um cargo ministerial representa uma aposta institucional gigantesca. É dizer: “Confiamos tanto nesta tecnologia que ela pode tomar decisões que impactam diretamente a vida dos cidadãos.”
O Crescimento Exponencial nas Organizações
Enquanto a Albânia faz história na governança pública, o setor privado não fica atrás. Os números da McKinsey são eloquentes: 78% das organizações globais já adotaram IA em pelo menos uma função. Isso representa um crescimento de mais de 40% em apenas dois anos.
No Brasil, vemos exemplos fascinantes dessa institucionalização. A Cemig está desenvolvendo o EnergyGPT, um modelo de IA generativa especializado no setor elétrico brasileiro. Treinado em português com documentos técnicos, jurídicos e regulatórios, o sistema objetiva apoiar leituras automatizadas de normas, análises jurídicas e simulações regulatórias.
Essa não é mais uma empresa “testando” IA. É uma companhia de infraestrutura crítica apostando que a inteligência artificial será fundamental para sua operação nos próximos anos. E eles estão certos.
As Principais Áreas de Aplicação
Segundo a pesquisa da McKinsey, as áreas que mais adotam IA incluem:
- Vendas e Marketing: Personalização de campanhas, análise de comportamento do cliente, automação de atendimento
- Tecnologia da Informação: Otimização de processos, detecção de falhas, automação de tarefas repetitivas
- Operações: Análise preditiva, otimização de recursos, gestão de riscos
No caso brasileiro, empresas como a E-Inov desenvolveram um CRM com assistente virtual baseado no ChatGPT que automatiza prospecção e comunicação 24/7, alcançando escala e eficiência que, segundo eles, substituem equipes tradicionais inteiras.
A Revolução Silenciosa na Educação
Mas se você acha que a institucionalização da IA está acontecendo apenas em governos e grandes corporações, precisa prestar atenção no que está rolando nas escolas e universidades brasileiras.
Uma pesquisa da Emy Education com mais de 500 jovens entre 16 e 24 anos revela que 90% afirmam que a IA contribui para a redução do estresse durante períodos intensos de estudo. Isso não é brincadeira — estamos falando de uma geração que está crescendo com a inteligência artificial como ferramenta de aprendizado natural.
Simultaneamente, outra pesquisa do Observatório Fundação Itaú e Datafolha mostra que 90% dos entrevistados concordam com a importância do ensino consciente e responsável da tecnologia para estudantes. Os dados indicam que 69% dos usuários reconhecem ajuda da IA nos estudos, e 75% já aprenderam algo com ela.
Instituições como o Sesi já incluem disciplinas tecnológicas — programação, robótica, pensamento computacional — no currículo para estimular pensamento crítico. Não é mais questão de “se” a IA vai entrar na educação. Ela já está lá, e está sendo institucionalizada através de currículos formais.
Os Desafios da Institucionalização
Toda transformação profunda traz desafios, e a institucionalização da IA não é exceção. Especialistas alertam que ferramentas de detecção de conteúdo gerado por IA têm limitações significativas, com acurácia de cerca de 85% em vídeos deepfake.
Na França, uma resposta interessante está emergindo. Sindicatos e veículos de mídia fecharam acordos que garantem a redistribuição de parte dos lucros oriundos de licenciamento de conteúdos para empresas de IA aos jornalistas. O jornal Le Monde, por exemplo, repassa 25% da receita obtida de contratos com OpenAI, Google, Facebook e Microsoft diretamente aos jornalistas sindicalizados.
Isso mostra que a institucionalização da IA não é apenas sobre tecnologia — é sobre criar novos modelos econômicos que reconheçam o valor do trabalho humano na era da inteligência artificial.
A Necessidade de Requalificação
A pesquisa da McKinsey destaca também a necessidade urgente de requalificação profissional. Com 78% das organizações já usando IA, a demanda por profissionais que saibam trabalhar com essas tecnologias — não apenas sobre elas — está crescendo exponencialmente.
Como disse recentemente: não é a IA que vai substituir profissionais. São profissionais que sabem usar IA que vão substituir os que não sabem.
O Que Isso Significa Para o Brasil
No contexto brasileiro, essa institucionalização representa uma oportunidade histórica. Quando vejo a Cemig desenvolvendo o EnergyGPT, ou jovens brasileiros usando IA para melhorar seus estudos, percebo que estamos bem posicionados nesta transição.
Mas precisamos ser estratégicos. A discussão sobre IA no Direito levanta uma questão fundamental: como regular uma tecnologia que está sendo institucionalizada em velocidade recorde?
O artigo fala em “atravessar o Rubicão” — uma referência à decisão irreversível de Júlio César ao cruzar o rio que separava a Gália da Itália, iniciando uma guerra civil. Para o Direito brasileiro, e para o país como um todo, a institucionalização da IA representa um momento similar: não há volta.
As Oportunidades Setoriais
Cada setor está encontrando suas próprias formas de institucionalizar a IA:
- Energia: Como vemos com o EnergyGPT da Cemig, focado em automação de normas e análises regulatórias
- Educação: Ferramentas de apoio ao aprendizado que reduzem estresse e aumentam eficiência
- Governo: Inspirados pelo exemplo albanês, podemos ver iniciativas similares em transparência e combate à corrupção
- Comunicação: Como mostram os jovens usando IA como coach de oratória, transformando discursos improvisados em falas estruturadas
O Momento é Agora
Se há uma lição que aprendi em mais de 25 anos trabalhando com tecnologia e inovação é que os momentos de institucionalização são os mais decisivos. É quando as empresas e profissionais se separam entre aqueles que surfam a onda e aqueles que são engolidos por ela.
A nomeação de uma ministra de IA na Albânia, o crescimento para 78% das organizações usando IA, o desenvolvimento de soluções setoriais como o EnergyGPT, e a adoção massiva por jovens brasileiros — tudo isso aponta para uma única direção: a IA não é mais o futuro, é o presente institucional.
E presente institucional significa que não é mais opcional. É estrutural.
Como Se Preparar Para Esta Nova Realidade
Para empresas, isso significa desenvolver estratégias claras de adoção de IA que vão além de experimentos pontuais. É preciso pensar em como a inteligência artificial pode se tornar parte do DNA organizacional.
Para profissionais, significa desenvolver não apenas habilidades técnicas, mas também a mentalidade necessária para trabalhar em simbiose com sistemas inteligentes. O livro “Cointeligência”, de Ethan Mollick, oferece uma abordagem prática para essa colaboração, diferenciando modos como ‘centauros’ (divisão de tarefas) e ‘ciborgues’ (integração contínua).
Para o Brasil como país, significa acelerar nossa capacidade de formar profissionais preparados para esta nova realidade, desenvolver marcos regulatórios adequados, e posicionar nossas empresas para competir globalmente nesta nova economia.
A Responsabilidade da Liderança
Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades — e isso vale especialmente para a institucionalização da IA. Quando uma tecnologia deixa de ser experimental e passa a ocupar posições de decisão real, como no caso da ministra Diella, a necessidade de liderança responsável se torna crítica.
Em meu trabalho com startups e empresas, tenho visto que as organizações mais bem-sucedidas na adoção de IA são aquelas que combinam ambição tecnológica com responsabilidade ética. Não é suficiente implementar IA porque todos estão fazendo. É preciso implementar com propósito, transparência e impacto social positivo.
A iniciativa da França de compartilhar lucros de IA com jornalistas é um exemplo perfeito disso. Reconhece que a institucionalização da tecnologia deve vir acompanhada de novos modelos de distribuição de valor que protejam e recompensem o trabalho humano.
Conclusão: O Futuro Já Chegou
Quando um país nomeia uma ministra de IA e 78% das organizações globais já utilizam inteligência artificial operacionalmente, não estamos mais falando de tendências ou possibilidades futuras. Estamos documentando uma transformação que já aconteceu.
A institucionalização da IA é irreversível e está acelerando. A pergunta não é mais “se” sua empresa, sua carreira ou seu país deve se adaptar a essa realidade. A pergunta é “como” fazer isso de forma inteligente, responsável e estratégica.
Para mim, este é o momento mais empolgante que já vivi na área de tecnologia. Não apenas porque a IA promete transformar tudo o que conhecemos, mas porque finalmente saímos da fase de promessas e entramos na fase de realização institucional.
E você? Como está se preparando para esta nova realidade? Como sua empresa está institucionalizando a IA? Como você está desenvolvendo as competências necessárias para prosperar neste novo mundo?
No meu mentoring com empresas e profissionais, tenho ajudado a navegar exatamente esta transição — sair da experimentação com IA e partir para a institucionalização estratégica. Porque uma coisa é certa: o trem da institucionalização da IA já saiu da estação. A questão é se você vai estar a bordo.
✨Gostou? Você pode se cadastrar para receber em seu e-mail as newsletters da 10K Digital, curadas por mim, com o melhor conteúdo sobre IA e negócios.
➡️ Acesse aqui a Comunidade 10K
POSTAGENS RELACIONADAS
Ver tudo