Radar da IA: Da Inclusão Digital à Cura de Doenças – O Que Aconteceu nas Últimas 24h
maio 2, 2025 | by Matos AI

A corrida pela inclusão digital em IA no Brasil ganhou um novo capítulo significativo nas últimas 24 horas. Enquanto isso, no cenário global, declarações ambiciosas sobre a cura de doenças e tensões geopolíticas mostram como a inteligência artificial está no centro das transformações mais profundas da sociedade, seja para o bem ou para novos desafios.
Brasil na Corrida por Talentos em IA: O Movimento de 1 Milhão
O Google anunciou um compromisso ambicioso: formar 1 milhão de brasileiros em inteligência artificial e computação em nuvem. A iniciativa, que oferece cursos gratuitos em português, representa um marco importante na democratização do conhecimento em tecnologia no país.
Esse movimento não é isolado. Na mesma linha, a Alura se uniu ao Google para lançar uma nova edição da ‘Imersão IA’, outra capacitação gratuita para profissionais de diferentes áreas e níveis de conhecimento. Ambas iniciativas surgem como resposta a um cenário desafiador: segundo o Fórum Econômico Mundial, a demanda por profissionais com conhecimento em IA e dados crescerá 60% até 2027.
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O mais interessante nessas iniciativas é o reconhecimento de uma realidade que tenho destacado há anos: muitos não apostam na área de IA por considerá-la difícil ou inacessível. Segundo Patricia Florissi, diretora técnica do Google Cloud, cursos de curta duração são boas apostas como introdução à IA, mesmo que essa não seja a carreira final da pessoa.
Essa abordagem inclusiva é essencial. Tenho visto em minha atuação com startups e empreendedores que o conhecimento básico em IA se tornou praticamente uma habilidade fundamental, mesmo para quem não vai trabalhar diretamente na criação desses sistemas.
A Corrida Global pela IA: Promessas Ambiciosas e Tensões Crescentes
No cenário global, enquanto o Brasil busca capacitar sua população, as declarações mais ambiciosas continuam vindo dos centros de inovação. Demis Hassabis, Prêmio Nobel de Química e cofundador da Google DeepMind, afirmou em entrevista à CBS News que pretende curar todas as doenças com ajuda da inteligência artificial em apenas dez anos.
Será isso possível? Hassabis desenvolveu na DeepMind o modelo de IA AlphaFold2, capaz de prever as estruturas de praticamente todos os 200 milhões de proteínas atualmente conhecidas. Sua visão é que no futuro a IA será capaz de abreviar significativamente o desenvolvimento de medicamentos.
Ao mesmo tempo em que vemos essas promessas revolucionárias na saúde, o uso da IA em contextos geopolíticos segue gerando controvérsias. Israel desenvolveu novas ferramentas de inteligência artificial para obter vantagem na guerra em Gaza, enquanto a China lançou uma campanha contra o mau uso de IA que durará cerca de 3 meses, focando na remoção de aplicações não autorizadas.
Esse contraste é revelador: enquanto alguns países usam a IA para ampliar suas capacidades militares, outros começam a criar arcabouços regulatórios para controlar seu desenvolvimento. Esta dualidade nos acompanhará nos próximos anos – a mesma tecnologia que promete revolucionar a medicina também transforma a geopolítica e as relações de poder.
A Tensão entre EUA e China Continua
A reunião entre executivos da Nvidia e o Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados dos EUA evidencia a crescente preocupação americana com os avanços da Huawei em inteligência artificial. Jensen Huang, CEO da Nvidia, destacou a importância estratégica da IA como infraestrutura nacional, sinalizando que a tecnologia já é vista como questão de segurança nacional.
Estamos vendo a continuidade de uma corrida tecnológica com implicações profundas para a ordem global. O Brasil precisa definir seu posicionamento estratégico nesse novo jogo de xadrez tecnológico: seremos apenas consumidores dessas tecnologias ou também atores relevantes em seu desenvolvimento?
IA no Brasil: Casos de Uso que Inspiram
Em meio a essas transformações globais, notícias como a da Emy, uma IA brasileira criada pela Cubos Academy e adotada pela Metropolitan University of Science and Technology (MUST), da Flórida, mostram que podemos também ser exportadores de soluções baseadas em IA.
Totalmente focada na educação, essa IA tem capacidade de acompanhar e tirar dúvidas dos estudantes 24 horas por dia. É um exemplo concreto de como podemos desenvolver tecnologias que atendam necessidades específicas e que possam ter relevância internacional.
No setor de serviços, executivos como Igor Senra, CEO do banco digital Cora, já adotam uma postura pragmática: “É melhor abraçar a IA do que fingir que não existe”. Esta frase resume um sentimento crescente entre líderes empresariais: a resistência à adoção de tecnologias emergentes pode ser fatal para as empresas.
Na contabilidade, especialistas como Roberto Dias Duarte destacam que a IA já é realidade no dia a dia de muitos escritórios contábeis. A questão agora não é mais se devemos usar IA, mas como podemos aproveitar todo seu potencial.
Até nos esportes a inteligência artificial se mostra revolucionária. Nos preparativos para os Jogos Olímpicos da Juventude Dacar 2026, a IA tem desempenhado um papel crucial na identificação de talentos esportivos, com o Senegal utilizando essa tecnologia para detectar jovens promissores entre mil atletas.
O Que Podemos Aprender com o Panorama das Últimas 24h?
O que mais me chama atenção ao analisar o panorama das últimas 24 horas é a clara divisão que está se formando: de um lado, quem está se preparando para um mundo transformado pela IA; do outro, aqueles que ainda resistem ou não entendem a profundidade dessas mudanças.
Como Patricia Florissi, do Google, bem colocou: “Se você começar e depois ver que não deu certo, o aprendizado já será valioso”. Essa mentalidade de experimentação e aprendizado contínuo é exatamente o que tenho defendido em minhas palestras e mentorias.
A crescente importância da IA no mercado está criando uma divisão entre quem sabe utilizar a ferramenta e quem não sabe. E esta é uma divisão que terá impactos profundos no futuro das carreiras e dos negócios.
O Momento de Agir é Agora
Se você ainda não começou sua jornada de aprendizado em IA, o momento é este. As iniciativas gratuitas do Google e da Alura representam oportunidades valiosas para dar os primeiros passos.
Nos meus grupos de WhatsApp sobre IA Para Negócios e Criadores de IA, tenho acompanhado dezenas de histórias de empresários e profissionais que começaram do zero e hoje já implementam soluções de IA em seus negócios e carreiras.
E se você é um empresário querendo entender como a IA pode transformar seu negócio, lembre-se que essa não é apenas uma questão técnica, mas estratégica. Nos meus programas de mentoria, ajudo empreendedores a identificarem não apenas quais ferramentas de IA usar, mas como integrar esse conhecimento à estratégia central da empresa.
O Brasil que Queremos na Era da IA
O compromisso do Google em treinar 1 milhão de brasileiros em IA é significativo, mas precisamos ir além. Precisamos criar um ecossistema onde esses novos talentos possam prosperar, desenvolvendo soluções para os desafios brasileiros.
Temos casos inspiradores como o da Emy, mas precisamos de muito mais. Precisamos de políticas públicas de fomento à inovação, de abertura para experimentação, de um ambiente regulatório que proteja os cidadãos sem sufocar a inovação.
A IA será uma das principais forças moldando a próxima década, impactando desde a cura de doenças até a geopolítica global. A pergunta que fica é: qual papel o Brasil quer desempenhar nesse futuro?
Na minha visão, temos todas as condições para sermos protagonistas, não meros espectadores. Temos talento, criatividade e um mercado interno expressivo. O que precisamos agora é de uma visão estratégica de longo prazo e da coragem para executá-la.
Nos meus grupos de discussão sobre IA e nos eventos que organizo e participo, busco fomentar exatamente esse tipo de reflexão estratégica. Porque o futuro da IA no Brasil será definido pelas decisões que tomarmos hoje.
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