Blog Felipe Matos

78% das Empresas Já Usam IA Enquanto Albânia Nomeia Primeira Ministra Digital — Por Que Este é o Momento da Institucionalização da Inteligência Artificial

septiembre 14, 2025 | by Matos AI

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Você já parou para pensar no que significa quando um país nomeia uma ministra gerada por inteligência artificial? Não estamos falando de ficção científica. A Albânia acabou de fazer exatamente isso, criando um marco histórico que simboliza algo muito maior do que pode parecer à primeira vista.

Enquanto isso, do outro lado do mundo, uma pesquisa global da McKinsey revela que 78% das organizações já utilizam inteligência artificial em pelo menos uma função — um salto impressionante dos 55% registrados em 2023. E no Brasil? Empresas como a Cemig estão desenvolvendo o EnergyGPT, uma IA especializada no setor elétrico, enquanto 90% dos jovens brasileiros afirmam que a IA ajuda a reduzir o estresse nos estudos.

O que todas essas informações têm em comum? Elas revelam que estamos vivendo o momento da institucionalização da inteligência artificial. E isso muda tudo.


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Quando a IA Deixa de Ser Experimento e Vira Instituição

Lembro-me dos primeiros anos trabalhando com startups, quando cada nova tecnologia passava por um ciclo previsível: primeiro a curiosidade, depois os experimentos isolados, em seguida a adoção em nichos específicos e, finalmente, a integração profunda nas estruturas organizacionais.

Com a IA, esse processo está acontecendo em velocidade recorde. A nomeação de Diella, a ministra de IA da Albânia, não é apenas uma jogada de marketing político. Ela representa a confiança institucional necessária para que uma tecnologia saia do laboratório e entre no núcleo das decisões que afetam milhões de pessoas.

Diella ficará responsável por decisões relacionadas às licitações de contratação pública do governo albanês, com o objetivo de garantir transparência e combater a corrupção. Desde o início de 2025, como assistente virtual, ela já auxiliou na emissão de 36,6 mil documentos e prestou quase mil serviços. Não é pouca coisa.

Mas o que me impressiona mais é a lógica por trás dessa decisão. Como alguém que já trabalhou com políticas públicas de inovação, sei que nomear uma IA para um cargo ministerial representa uma aposta institucional gigantesca. É dizer: “Confiamos tanto nesta tecnologia que ela pode tomar decisões que impactam diretamente a vida dos cidadãos.”

O Crescimento Exponencial nas Organizações

Enquanto a Albânia faz história na governança pública, o setor privado não fica atrás. Os números da McKinsey são eloquentes: 78% das organizações globais já adotaram IA em pelo menos uma função. Isso representa um crescimento de mais de 40% em apenas dois anos.

No Brasil, vemos exemplos fascinantes dessa institucionalização. A Cemig está desenvolvendo o EnergyGPT, um modelo de IA generativa especializado no setor elétrico brasileiro. Treinado em português com documentos técnicos, jurídicos e regulatórios, o sistema objetiva apoiar leituras automatizadas de normas, análises jurídicas e simulações regulatórias.

Essa não é mais uma empresa “testando” IA. É uma companhia de infraestrutura crítica apostando que a inteligência artificial será fundamental para sua operação nos próximos anos. E eles estão certos.

As Principais Áreas de Aplicação

Segundo a pesquisa da McKinsey, as áreas que mais adotam IA incluem:

  • Vendas e Marketing: Personalização de campanhas, análise de comportamento do cliente, automação de atendimento
  • Tecnologia da Informação: Otimização de processos, detecção de falhas, automação de tarefas repetitivas
  • Operações: Análise preditiva, otimização de recursos, gestão de riscos

No caso brasileiro, empresas como a E-Inov desenvolveram um CRM com assistente virtual baseado no ChatGPT que automatiza prospecção e comunicação 24/7, alcançando escala e eficiência que, segundo eles, substituem equipes tradicionais inteiras.

A Revolução Silenciosa na Educação

Mas se você acha que a institucionalização da IA está acontecendo apenas em governos e grandes corporações, precisa prestar atenção no que está rolando nas escolas e universidades brasileiras.

Uno pesquisa da Emy Education com mais de 500 jovens entre 16 e 24 anos revela que 90% afirmam que a IA contribui para a redução do estresse durante períodos intensos de estudo. Isso não é brincadeira — estamos falando de uma geração que está crescendo com a inteligência artificial como ferramenta de aprendizado natural.

Simultaneamente, outra pesquisa do Observatório Fundação Itaú e Datafolha mostra que 90% dos entrevistados concordam com a importância do ensino consciente e responsável da tecnologia para estudantes. Os dados indicam que 69% dos usuários reconhecem ajuda da IA nos estudos, e 75% já aprenderam algo com ela.

Instituições como o Sesi já incluem disciplinas tecnológicas — programação, robótica, pensamento computacional — no currículo para estimular pensamento crítico. Não é mais questão de “se” a IA vai entrar na educação. Ela já está lá, e está sendo institucionalizada através de currículos formais.

Os Desafios da Institucionalização

Toda transformação profunda traz desafios, e a institucionalização da IA não é exceção. Los expertos advierten que ferramentas de detecção de conteúdo gerado por IA têm limitações significativas, com acurácia de cerca de 85% em vídeos deepfake.

Na França, uma resposta interessante está emergindo. Sindicatos e veículos de mídia fecharam acordos que garantem a redistribuição de parte dos lucros oriundos de licenciamento de conteúdos para empresas de IA aos jornalistas. O jornal Le Monde, por exemplo, repassa 25% da receita obtida de contratos com OpenAI, Google, Facebook e Microsoft diretamente aos jornalistas sindicalizados.

Isso mostra que a institucionalização da IA não é apenas sobre tecnologia — é sobre criar novos modelos econômicos que reconheçam o valor do trabalho humano na era da inteligência artificial.

A Necessidade de Requalificação

A pesquisa da McKinsey destaca também a necessidade urgente de requalificação profissional. Com 78% das organizações já usando IA, a demanda por profissionais que saibam trabalhar com essas tecnologias — não apenas sobre elas — está crescendo exponencialmente.

Como disse recentemente: não é a IA que vai substituir profissionais. São profissionais que sabem usar IA que vão substituir os que não sabem.

O Que Isso Significa Para o Brasil

No contexto brasileiro, essa institucionalização representa uma oportunidade histórica. Quando vejo a Cemig desenvolvendo o EnergyGPT, ou jovens brasileiros usando IA para melhorar seus estudos, percebo que estamos bem posicionados nesta transição.

Mas precisamos ser estratégicos. A discussão sobre IA no Direito levanta uma questão fundamental: como regular uma tecnologia que está sendo institucionalizada em velocidade recorde?

O artigo fala em “atravessar o Rubicão” — uma referência à decisão irreversível de Júlio César ao cruzar o rio que separava a Gália da Itália, iniciando uma guerra civil. Para o Direito brasileiro, e para o país como um todo, a institucionalização da IA representa um momento similar: não há volta.

As Oportunidades Setoriais

Cada setor está encontrando suas próprias formas de institucionalizar a IA:

  • Energia: Como vemos com o EnergyGPT da Cemig, focado em automação de normas e análises regulatórias
  • Educación: Ferramentas de apoio ao aprendizado que reduzem estresse e aumentam eficiência
  • Governo: Inspirados pelo exemplo albanês, podemos ver iniciativas similares em transparência e combate à corrupção
  • Comunicação: Como mostram os jovens usando IA como coach de oratória, transformando discursos improvisados em falas estruturadas

El momento es ahora

Se há uma lição que aprendi em mais de 25 anos trabalhando com tecnologia e inovação é que os momentos de institucionalização são os mais decisivos. É quando as empresas e profissionais se separam entre aqueles que surfam a onda e aqueles que são engolidos por ela.

A nomeação de uma ministra de IA na Albânia, o crescimento para 78% das organizações usando IA, o desenvolvimento de soluções setoriais como o EnergyGPT, e a adoção massiva por jovens brasileiros — tudo isso aponta para uma única direção: a IA não é mais o futuro, é o presente institucional.

E presente institucional significa que não é mais opcional. É estrutural.

Cómo prepararse para esta nueva realidad

Para empresas, isso significa desenvolver estratégias claras de adoção de IA que vão além de experimentos pontuais. É preciso pensar em como a inteligência artificial pode se tornar parte do DNA organizacional.

Para profissionais, significa desenvolver não apenas habilidades técnicas, mas também a mentalidade necessária para trabalhar em simbiose com sistemas inteligentes. O livro “Cointeligência”, de Ethan Mollick, oferece uma abordagem prática para essa colaboração, diferenciando modos como ‘centauros’ (divisão de tarefas) e ‘ciborgues’ (integração contínua).

Para o Brasil como país, significa acelerar nossa capacidade de formar profissionais preparados para esta nova realidade, desenvolver marcos regulatórios adequados, e posicionar nossas empresas para competir globalmente nesta nova economia.

A Responsabilidade da Liderança

Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades — e isso vale especialmente para a institucionalização da IA. Quando uma tecnologia deixa de ser experimental e passa a ocupar posições de decisão real, como no caso da ministra Diella, a necessidade de liderança responsável se torna crítica.

Em meu trabalho com startups e empresas, tenho visto que as organizações mais bem-sucedidas na adoção de IA são aquelas que combinam ambição tecnológica com responsabilidade ética. Não é suficiente implementar IA porque todos estão fazendo. É preciso implementar com propósito, transparência e impacto social positivo.

A iniciativa da França de compartilhar lucros de IA com jornalistas é um exemplo perfeito disso. Reconhece que a institucionalização da tecnologia deve vir acompanhada de novos modelos de distribuição de valor que protejam e recompensem o trabalho humano.

Conclusão: O Futuro Já Chegou

Quando um país nomeia uma ministra de IA e 78% das organizações globais já utilizam inteligência artificial operacionalmente, não estamos mais falando de tendências ou possibilidades futuras. Estamos documentando uma transformação que já aconteceu.

A institucionalização da IA é irreversível e está acelerando. A pergunta não é mais “se” sua empresa, sua carreira ou seu país deve se adaptar a essa realidade. A pergunta é “como” fazer isso de forma inteligente, responsável e estratégica.

Para mim, este é o momento mais empolgante que já vivi na área de tecnologia. Não apenas porque a IA promete transformar tudo o que conhecemos, mas porque finalmente saímos da fase de promessas e entramos na fase de realização institucional.

E você? Como está se preparando para esta nova realidade? Como sua empresa está institucionalizando a IA? Como você está desenvolvendo as competências necessárias para prosperar neste novo mundo?

No meu mentoring com empresas e profissionais, tenho ajudado a navegar exatamente esta transição — sair da experimentação com IA e partir para a institucionalização estratégica. Porque uma coisa é certa: o trem da institucionalização da IA já saiu da estação. A questão é se você vai estar a bordo.


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